terça-feira, 21 de junho de 2011

A face do meu medo



A face do meu medo.

Na noite silenciosa de uma estação qualquer
Ouço apenas o pulsar de um coração
Feito cavalgada, um trote apenas
Depois uma corrida ao encontro do nada
Faces me vêm à mente, as faces do medo.
Como ruídos no silencio,
Ando devagar por ruas cheias de pedregulhos
Sinto o pé descalço sendo ferido
Alfinetadas pontiagudas, aonde vou não sei.
Não vejo nada alem de uma tênue luz distante
Por mais que caminhe nunca chego
Procuro me apoiar é tudo vago
O que me atormenta na noite silenciosa
É uma batida de coração, a face do meu medo
Tem o meu próprio rosto querendo me encarar

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A DOR


A dor dilacera o interior

A alma fica pequena

Os olhos inundados dágua

Os lábios murmuram o ininteligível

A dor de mãos dadas com o amor

A espera de um crepúsculo de paz

O peito fica vazio, parece sem coração.

A mente distante, apenas o corpo caminha.

A lua ilumina a estrada

A lagrima cai ligeira, um anjo a colhe.

Parece que a brisa contou algo à roseira,

O pardal ouve atento

A dor estremece o corpo, tira fagulhas ásperas do interior.

Rende os olhos ao sono.